A Semana
de Arte Moderna (1922) é considerada o marco inicial do
Modernismo brasileiro.
A Semana ocorreu entre 13 e 18 de fevereiro de 1922,
no Teatro Municipal de São Paulo, com participação de artistas de São Paulo e
do Rio de Janeiro. O evento contou com apresentação de conferências, leitura de
poemas, dança e música. A pintora Anita Malfatti e os escritores Mário de
Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia lideraram o
movimento que contou com a participação de dezenas de intelectuais e artistas,
como Manuel Bandeira, Di Cavalcanti, Graça Aranha, Guilherme de Almeida entre
muitos outros.
Os modernistas ridicularizavam o parnasianismo,
movimento artístico em voga na época que cultivava uma poesia formal. Propunham
uma renovação radical na linguagem e nos formatos, marcando a ruptura
definitiva com a arte tradicional. Cansados da mesmice na arte brasileira e
empolgados com inovações que conheceram em suas viagens à Europa, os artistas
romperam as regras preestabelecidas na cultura.
Na Semana de Arte Moderna foram apresentados quadros,
obras literárias e recitais inspirados em técnicas da vanguarda europeia, como
o dadaísmo, o futurismo, o expressionismo e o surrealismo, misturados a temas
brasileiros.
Os participantes da Semana de 1922 causaram enorme
polêmica na época. Sua influência sobre as artes atravessou todo o século XX e
pode ser entendida até hoje.
A primeira fase do Modernismo
O movimento modernista no Brasil contou com duas fases: a primeira foi de 1922 a 1930 e a segunda de 1930 a 1945. a primeira fase caracterizou-se pelas tentativas de solidificação do movimento renovador e pela divulgação de obras e ideias modernistas.
Os escritores de maior destaque dessa fase defendiam
estas propostas: reconstrução da cultura brasileira sobre bases nacionais;
promoção de uma revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições
culturais; eliminação definitiva do nosso complexo de colonizados, apegados a
valores estrangeiros. Portanto, todas elas estão relacionadas com a visão
nacionalista, porém crítica, da realidade brasileira.
Várias obras, grupos, movimentos, revistas e manifestos ganharam o cenário
intelectual brasileiro, numa investigação profunda e por vezes radical de novos
conteúdos e de novas formas de expressão.
Entre os fatos mais importantes, destacam-se a publicação da revista Klaxon, lançada para dar continuidade ao processo de divulgação das ideias modernistas, e o lançamento de quatro movimentos culturais: o Pau-Brasil, oVerde-Amarelismo, a Antropofagia e a Anta.
Entre os fatos mais importantes, destacam-se a publicação da revista Klaxon, lançada para dar continuidade ao processo de divulgação das ideias modernistas, e o lançamento de quatro movimentos culturais: o Pau-Brasil, oVerde-Amarelismo, a Antropofagia e a Anta.
Esses movimentos representavam duas tendências
ideológicas distintas, duas formas diferentes de expressar o nacionalismo.
O movimento Pau-Brasil defendia a criação de uma
poesia primitivista, construída com base na revisão crítica de nosso passado
histórico e cultural e na aceitação e valorização das riquezas e contrastes da
realidade e da cultura brasileiras.
A Antropofagia, a exemplo dos rituais antropofágicos
dos índios brasileiros, nos quais eles devoram seus inimigos para lhes extrair
força, Oswald propõe a devoração simbólica da cultura do colonizador europeu,
sem com isso perder nossa identidade cultural.
Em oposição a essas tendências, os movimentos
Verde-Amarelismo e Anta, defendiam um nacionalismo ufanista, com evidente
inclinação para o nazifascismo.
Dentre os muitos escritores que fizeram parte da
primeira geração do Modernismo destacamos Oswald de Andrade, Mário de Andrade,
Manuel Bandeira, Alcântara Machado, Menotti del Picchia, Raul Bopp, Ronald de
Carvalho e Guilherme de Almeida.
Por Marina
Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/literatura/o-modernismo-no-brasil.htm
SEGUE RESUMO DA PRIMEIRA FASE EM SLIDES:
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